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 Just Cause 2

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Jose Pinto
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MensagemAssunto: Just Cause 2   Just Cause 2 Icon_minitimeQua Abr 07, 2010 11:00 am

Pode não ficar para a história, mas Just Cause 2 é um dos mais divertidos jogos destes primeiros meses de 2010.

A Eidos produziu uma nova incursão de Just Cause. E a aposta resultou, pois dos estúdios da Avalanche saiu um jogo realmente divertido, que fornece uma experiência sandbox repleta de momentos memoráveis. Impossível de não ser aconselhado a tudo quanto é adepto do estilo GTA.

Em termos de argumento, o segundo episódio do franchise não brilha. Uma vasta ilha governada a punho de ferro por um ditador, várias facções revoltosas, um agente norte-americano que passou para o outro lado e Rico Rodriguez, que volta a ser o protagonista de mais um Just Cause.

A história tem os seus momentos, mas digamos que está longe das maravilhas vindas da Rockstar. Ou seja, ao contrário do que acontece com os Grand Theft, as personagens não são do mais cativante que por aí anda e o chamamento da conclusão da aventura não é muito forte.

Portanto, é notório que a Avalanche concentrou-se por completo no estilo não linear da mecânica, fornecendo ao jogador a possibilidade praticar as mais variadas e absurdas acções, com as missões a poderem ser cumpridas de formas que chegam a ser surreais.

Se nos primeiros minutos dá a sensação que estamos perante mais um shooter sandbox na terceira pessoa, onde o uso de armas convencionais domina os acontecimentos, rapidamente somos apresentados à verdadeira estrela de Just Cause 2: o gancho que se encontra no braço de Rico. E é graças a esse miminho que a mecânica ganha um sabor verdadeiramente único.

Ou seja, embora os inimigos possam a ser ultrapassados à base do tiro, digamos que a imaginação é mesmo o limite. Isto porque o tal gancho pode ser preso a tudo e mais alguma coisa. Conclusão, não só trepamos facilmente as mais altas das estruturas, objectos e árvores, como também temos a possibilidade de puxarmos até nós as vítimas. Muito Homem-Aranha. Ou melhor, é aquilo que deveria ter sido o falhadíssimo novo episódio de Bionic Commando.

Mas há mais. Os adversários pescados podem ser presos aos mais variados objectos, com a lei da física a fazer o resto. Por exemplo, nada como deixar um infeliz pendurado num candeeiro... ou prendê-lo a um carro que passa a alta velocidade... ou a um bidão repleto de gasolina, que posteriormente levará um belo tirinho... ou aproveitar a passagem de um helicóptero pelos céus para fornecer ao alvo humano uma boleia forçada... ou... bom, digamos que o céu para o sadismo é mesmo, mesmo o limite. Excelente!

E a utilidade do gancho não se fica por aqui. Para além de ser uma peça essencial para escaparmos rapidamente às vagas de inimigos, serve igualmente para nos agarrarmos aos muitos veículos presentes em Just Cause 2, mesmo que estes se encontrem em movimento.

Enviado no momento certo, faz-nos ficar pendurados em aviões e helicópteros ou saltar para o tejadilho de carros, humvees e camiões, entre muitos outros. Depois podemos aproveitar as viagens com o vento a bater na cara, ou então enviar os condutores pela porta fora, assumindo o controle do aparelho. Muito, muito bom.

No caso de serem conduzidos por militares inimigos, há primeiro que abater todos aqueles que não se encontrem sentados no banco do condutor, momentos que acontecem com Rico agarrado a tudo quanto é local exterior dos veículos, fazendo lembrar um Pursuit Force sob efeito de anabolizantes.

Depois ainda temos a presença do pára-quedas, regressado do primeiro Just Cause. Usado em conjunto com o gancho torna-se possível a realização de acções inacreditáveis. Daquelas que cortam a respiração, chegando a roçar o ridículo. Fantástico.

Igualmente bom é o nível de destrutividade presente. Na verdade, a destruição é a unidade monetária do jogo, sendo graças a ela que vamos desbloqueando novas missões e acendendo a mais objectos no mercado negro. E as possibilidades de destruição são realmente imensas, com grande parte dos cenários a serem formados por estruturas governamentais que pedem a bela da derrocada ou explosão.

E estes são os pontos fortes da obra da Avalanche. Basicamente, Panau é um recreio de grandes dimensões (400 milhas quadradas de terreno) onde podemos fazer quase tudo aquilo que nos passa pela cabeça. No momento em que nos é exigido o cumprimento de diversos objectivos, a diversão torna-se bem menor. Por essas e por outras é que demorámos muito a avançar na aventura. O gozo está mesmo na sensação de liberdade.
Assim sendo, estão garantidas muitas, mas mesmo muitas horas de Just Cause 2, para todos aqueles cujo o visionamento dos créditos finais não é prioridade. Na verdade, a conclusão da história é absolutamente secundária neste jogo.

Infelizmente, não foi incluído qualquer modo multiplayer, o que não deixa de ser um desperdício pois as potencialidades são imensas. Enfim... pode ser que surja algo em forma de conteúdo extra para download.

Em termos gráficos, a ilha de Panau é impressionante. A variedade da flora é inacreditavelmente boa, as texturas são soberbas, os efeitos de luz de grande qualidade e a linha do horizonte extremamente longínqua. Igualmente bons são os efeitos de partículas e o motor de física.

Mais fracas são as personagens, especialmente quando surgem em grande plano. Absolutamente genéricas. Também demos com algumas quebras nos frames de animação, mas nada que afectasse muito a experiência de jogo. Portanto, entre o deve e o haver, estamos perante uma obra com um visual riquíssimo.

O departamento da sonoplastia mostra-se bem mais fraco. As músicas cumprem, os efeitos são razoáveis e os diálogos digitalizados foram interpretados por actores de qualidade algo duvidosa. Nada que fique na memória, portanto.

Conclusão, Just Cause 2 é principalmente uma obra muito divertida, que oferece ao jogador a possibilidade de realizar as mais absurdas das acções. Quase como se fosse um daqueles filmes B absolutamente irresistíveis. Gostámos muito, confessamos.
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